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Começar as manhãs com calma...

... ou de como isto não é para os fracos. Suponho que elas existem. As manhãs calmas, especialmente em dias como este: é sábado, hoje o marido está de folga, o filho mais velho já não tem de acordar antes das 7 da manhã para entrar na escola a horas, e o bebé até deu uma boa noite (ainda não uma noite completa, mas, ainda assim, uma boa noite). E existirão mulheres, mães, que têm toda esta cena da parentalidade/dona de casa bem oleada, devidamente documentada no Instagram com # de elevada imaginação. O meu problema é não ser assim. Atentemos: para uma manhã que se afigurava calma, pelas razões atrás explanadas, a labuta começou às 06:35, com o #pedrotornado a rebolar-se no berço porque, pasme-se, tinha mamado fazia três horas e estava na altura de voltar à carga. Foram cerca de 10 minutos de intensa sucção, após a qual ele retirou a boca e suspirou, como faz sempre que a refeição lhe corre bem e está satisfeito. Desligar a app que contabiliza isto, fazer pause  no  episódio da «

Aleitamento materno

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( disclaimer : eu sou totalmente pró aleitamento para a minha pessoa. Quanto às outras pessoas,  sinceramente, oscilo entre o "não tenho nada a ver com isso" e o "estou-me pouco marimbando".) Semana do Aleitamento Materno. Decorre entre 28 de Setembro até 5 de Outubro e pretende-se que seja uma ocasião para debater e incentivar (ainda que às vezes pareça impor e obrigar) essa nobre (e em tantas ocasiões altamente esquizofrénica) atividade que é amamentar um bebé. Das muitas vantagens que tem, há uma de que ninguém fala, quiçá por interferir com a cena idílica que é estarmos a contemplar um bebé enquanto mama (um aparte só para dizer que, quanto à cena idílica, ou és a mãe e estás a lixar a cervical, ou és um mirone e estar a observar outra pessoa a dar de mamar é só creepy ), e que é uma das razões pelas quais, para mim, amamentar é um prazer. Ver séries. Tudo começou quando tive o meu primeiro filho, cujo ritmo de alimentação era ao nível de uma t
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Ora vamos lá a (re)começar as hostilidades com um tema altamente fraturante. Cotão. O cotão são aquelas partículas que se acumulam nas paredes e debaixo dos móveis quando não há limpeza, certo? Errado! O cotão é uma cena que parece que cresce nas casas, ainda estamos a meio caminho de limpar com aquele aspirador-que-não-é-um-aspirador-arraçado-de-arco-íris e já o raio do bicho anda por ali a criar mais descendentes do que há peixinhos no oceano (que é uma daquelas metáforas que, pensando bem, fazia muito mais sentido aqui há uns anos, antes de esta coisa do aquecimento global entrar em modo destroyer ). Adiante. Vamos a uma sondagem de opinião, sim? Onde é que cresce mais cotão? No Velho Oeste americano, no chão da minha sala (por "minha" entendam "vossa", sim?) ou entre os dedos das mãos e dos pés de bebés que ainda não andam e agarram pouco mais do que ar? Sim, adivinharam! É a última hipótese que está correta: parece que a raça do miúdo é pior que

Mulheres

Eu queria ser capaz de responder ao José António Saraiva como uma senhora, mas não consigo. Não quero falar de toda essa maravilhosa existência que, aparentemente, as mulheres da vida do senhor Saraiva tiveram. Nem sequer da luta que as mulheres da minha vida (as que conheci e as que nunca vi mas que cá estão, gravadas no que sou) travaram, ou de um passado-mais-que-passado que nem foi bem meu. Não quero falar dos meus avós, um no mar, outro na estiva, da minha mãe que ficou sem pai aos quatro anos e teve de crescer separada das irmãs, do meu pai que tinha o pai no mar e ele a crescer numa casa quase só de mulheres valentes (mulheres de homens do mar são sempre valentes, valorosas), mulheres trabalhadoras. Não quero falar da minha mãe, que tinha de trabalhar no comércio com horários ainda piores do que os de hoje, mas que guardava as férias todas para as filhas, para que pudéssemos descobrir a magia do cinema ou visitar um museu pela primeira vez... sem sapatos. Não quero falar da m

Sede bem aparecidos

Boa tarde! A todos os que me lêem (ou que irão ler num futuro, "aspetoeu", não muito distante...), sejam bem-vindos! Este é apenas mais um dos milhentos blogues que por aí populam, nem primará pela originalidade, mas é meu!!! Iupii!!! Passo a apresentar-me: sempre gostei de ler. Sempre. Desde que me lembro, os livros estiveram sempre lá, com todas as palavras certas para tudo o que me apoquentava, com todas as palavras erradas a evitar, com todas as soluções e com todo o conhecimento. Há pessoas que sempre souberam o que queriam ser «quando fossem grandes». Eu só queria ler. E sabia que não é bom misturar negócios e prazer. Por isso, na hora de escolher que curso seguir para me sustentar, não optei por algo diretamente relacionado com livros. E fui lendo nos intervalos. Mais tarde, os livros acabaram por me escolher. Sou uma pessoa desnorteada. Bem, sou orientada, naquelas coisas do dinheiro e afins e tento não dar passos maiores que a perna. Dizem que é o meu